Aldeias Humanitar recebe Prémio Direitos Humanos da Assembleia da República
No passado dia 10 de dezembro, o Interior de Portugal, o Douro Sul, e particularmente Sernancelhe e Penedono, estiveram em realce na Assembleia da República. O Aldeias Humanitar fez-se bandeira de humanização no Interior ao receber o Prémio Direitos Humanos 2019.
Helena Norinha, Presidente do Conselho Técnico e Científico Humanitar, recebeu o Prémio e fez uma intervenção que suscitou enorme atenção. Disse que “O Aldeias Humanitar veio para pôr a ciência e técnica ao serviço da comunidade e das pessoas. Fazer simples o complexo, fazer perto e disponível o que está longe ou disperso”.
Enfatizou ainda da urgência de criação de uma nova resposta de Amparo Humano, o Cuidador Comunitário. Descrevendo as tarefas desta nova função da saúde e do social, colocou na agenda nacional este novo modelo de intervenção contra o desamparo Humano.
O Aldeias Humanitar afirma-se cada vez mais como um novo caminho para a integração de cuidados de saúde e sociais e um fator de mudança de comportamentos e respostas para a manutenção da qualidade de vida de muitos seres humanos em desamparo, fruto da desertificação no interior.
Helena Norinha salientou ainda que “cuidar é ir, humanizarmo-nos, estarmos e ficarmos, mesmo depois de virmos. Cuidar é ouvir, compreender e agir na humanidade de quem cuidamos. Só nessa humanidade podemos cuidar”. Sendo esta a matriz de valores da ação Humanitar, estamos perante um conceito, cientificamente reconhecido e agora também no âmbito dos direitos humanos, capaz de mobilizar os Municípios, as Instituições e até o Serviço Nacional de Saúde e Segurança Social para uma nova abordagem das fragilidades humanas.
O Aldeias Humanitar age em duas dimensões: a da intervenção, com Equipas de Cuidados em Casa, complementadas com os Cuidadores Comunitários, e com a Certificação de Territórios, valorizando-os pela qualidade de vida dos seus cidadãos, particularmente os mais vulneráveis.
A cerimónia foi de grande significado, juntando os mais relevantes órgãos de soberania nacionais.
Acompanhou o Aldeias Humanitar a Lisboa uma comitiva que integrava os Presidentes de Câmara e outras autoridades dos Municípios de Sernancelhe, Penedono e Tabuaço.